Realizar uma boa triagem de candidatos é, hoje, uma das principais dores no processo de recrutamento. Com a grande quantidade de inscrições recebidas por uma empresa, torna-se necessário estabelecer estratégias que sejam eficientes e ajudem o recrutador a selecionar os melhores candidatos.
Além disso, dependendo da urgência da vaga e da quantidade de profissionais na equipe de recrutamento e seleção, a dedicação minuciosa para cada candidato pode ser uma tarefa inviável.
Pensando nisso, elaboramos 7 dicas essenciais para que a sua organização seja capaz de realizar uma triagem de candidatos de sucesso. Continue a leitura!
O que é a triagem de candidatos?
A triagem de candidatos é uma das fases que compõem o processo inicial de recrutamento. Nela, o recrutador vai filtrar as inscrições e selecionar os candidatos que possuam o perfil mais alinhado à vaga anunciada.
Essa etapa exige paciência e olhar analítico, pois é preciso garantir que apenas os candidatos mais qualificados avancem para as fases seguintes do processo seletivo. Conforme um artigo da Ideal, uma empresa canadense especializada em inteligência artificial para recrutamento, a triagem de currículos consome cerca de 23 horas por contratação.
Além disso, para cada vaga aberta, geralmente são recebidos cerca de 250 currículos. Destes, em média, entre 75% e 88% não correspondem ao perfil desejado para a vaga. Portanto, a importância de um processo de triagem eficaz é evidenciada, permitindo a identificação rápida e precisa dos candidatos que realmente possuem as qualificações e competências necessárias para o cargo.
7 dicas para realizar uma boa triagem de candidatos
Agora que você já entendeu o que é a triagem de candidatos e qual a importância dessa etapa para o recrutamento, separamos 7 dicas essenciais para o êxito do processo. Vamos lá?
1. Defina qual o perfil de candidato ideal
O primeiro passo consiste em estabelecer como seria o candidato ideal para ocupar o cargo. Para tanto, pense na função em aberto, nas atividades do dia a dia, e nas competências acadêmicas, profissionais e comportamentais desejadas.
A ideia é criar uma persona fictícia considerando todos os aspectos desejados. Para isso, você pode realizar benches com outros profissionais da área e colegas do time, em busca de definir as principais características necessárias.
A execução deste exercício não significa que o profissional contratado possuirá exatamente todas as características listadas. No entanto, esse detalhamento funcionará como um critério de avaliação para escolher o candidato ideal.
2. Diferencie as competências imprescindíveis e desejadas
As competências imprescindíveis são as habilidades e qualificações essenciais que o candidato precisa ter para desempenhar as funções mais importantes da vaga. Essas competências são fundamentais para garantir que o candidato consiga realizar as atividades básicas e principais do cargo, e incluem habilidades técnicas específicas, experiências anteriores relevantes, ou certificações obrigatórias.
Em compensação, as competências desejadas são habilidades e qualificações adicionais que não são essenciais, mas que podem contribuir para um desempenho superior no trabalho. Tais competências agregam valor ao perfil do candidato e podem torná-lo mais eficaz, eficiente ou inovador em suas funções.
No entanto, a ausência dessas competências não impede o candidato de realizar suas tarefas principais. Alguns exemplos de competências desejáveis incluem a proficiência em um segundo idioma, conhecimento de softwares adicionais, ou habilidades de liderança e comunicação avançadas.
- Leia também: Mapeamento de competências: Veja o passo a passo para implementar e conheça as vantagens
3. Considere as principais habilidades comportamentais
Durante o processo de triagem de candidatos, é fundamental considerar as principais habilidades comportamentais, ou soft skills, esperadas para a vaga. Essas habilidades devem ser um reflexo da cultura da empresa para garantir que o futuro colaborador se integre facilmente à equipe e esteja alinhado com as expectativas organizacionais.
Além disso, considere habilidades como comunicação eficaz, adaptabilidade, trabalho em equipe, resolução de problemas, e inteligência emocional. Essas competências não só facilitam a integração do colaborador, mas também contribuem para o sucesso a longo prazo da equipe e da empresa.
Lembre-se que a integração cultural é tão importante quanto as competências técnicas. Um candidato que compartilha os mesmos valores e visão da empresa terá maior probabilidade de se sentir motivado e comprometido, resultando em uma colaboração mais duradoura.
4. Verifique as referências do candidato
A verificação de referências é crucial para confirmar as informações fornecidas pelo candidato. Entre em contato com ex-supervisores ou colegas para obter uma visão mais aprofundada sobre o desempenho e a postura do candidato no trabalho.
Ao fazer isso, você pode obter uma perspectiva mais completa do postulante à vaga, indo além do que é apresentado em seu currículo e nas entrevistas. Contudo, certifique-se de conduzir as verificações de referências de maneira ética e respeitosa, considerando a confidencialidade e o consentimento do candidato.
5. Aplique testes de habilidades
A aplicação de testes de habilidades durante a triagem de candidatos pode ser uma ótima forma de avaliar as capacidades e competências específicas. O principal objetivo desse tipo de avaliação é verificar os conhecimentos essenciais para um determinado cargo.
Alguns exemplos de testes incluem:
Desafios práticos
Testes que avaliam a capacidade do candidato de resolver problemas em situações reais ou simuladas, permitindo que os recrutadores observem como o candidato aplica seus conhecimentos na prática.
Testes de conhecimentos específicos
Medem a autonomia e a capacidade do candidato para desempenhar as funções exigidas pelo cargo. Eles podem incluir perguntas técnicas, exercícios ou atividades diretamente relacionadas às responsabilidades do trabalho.
Testes de conhecimento teórico
Mensuram a capacidade do candidato de transformar seus conhecimentos teóricos em resultados concretos. Servem à avaliação da compreensão do candidato sobre conceitos fundamentais para a execução do trabalho.
6. Construa relatórios
Documentar todo o processo de triagem é fundamental para promover a melhoria contínua e a otimização de processos seletivos futuros. Por isso, não se esqueça de registrar todos os resultados e construir relatórios que sirvam de consulta.
A produção dos relatórios deve passar por uma análise de desempenho, identificação dos principais desafios encontrados no processo, feedback dos candidatos e sugestões de melhoria. A princípio, pode parecer um processo burocrático, mas a documentação sistemática e a análise contínua garantem a evolução das práticas de recrutamento.
7. Conte com a ajuda da tecnologia
Por fim, pensando em otimizar o processo de recrutamento, é possível utilizar softwares de gestão de candidatos que te ajudem a organizar e acompanhar o progresso de cada um, fazendo com que nenhum detalhe seja negligenciado.
Vale ressaltar que a tecnologia é uma grande aliada na aplicação dos testes de habilidades mencionados anteriormente. Com o auxílio de plataformas adequadas, é possível definir o padrão de respostas esperado para cada teste e compará-lo com as respostas fornecidas pelos candidatos. Isso facilita a avaliação objetiva das habilidades técnicas e práticas necessárias para o cargo.
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Autor
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Gabrielle Dias trabalha como Analista de Marketing e é especialista em Educação, Tecnologia e Inteligência Artificial.