Com o aumento das tentativas de fraude e golpe no meio digital, os negócios precisam se preocupar cada vez mais com a proteção de dados.
De acordo com um estudo da Adyen feito em parceria com o Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (Cebr), empresas brasileiras do varejo perderam, em média, R$ 8,5 milhões em 2023 por conta de fraudes.
A verificação da identidade do cliente é essencial, sobretudo para empresas de setores como serviços financeiros, viagens e lazer, videogames e sites de relacionamento.
É nesse contexto que surge o FaceMatch. Neste artigo, explicaremos o que é essa tecnologia, como ela funciona e como ela pode ajudar na segurança digital do seu negócio!
O que é FaceMatch?
O FaceMatch é uma tecnologia de reconhecimento facial por meio de inteligência artificial. Como o próprio nome diz, ele combina características presentes no rosto de uma pessoa para autenticar sua identidade.
Na prática, o cliente de uma empresa que utiliza FaceMatch precisa enviar um documento com foto no momento do registro. E, ao acessar novamente aquele serviço, o sistema pede uma nova foto para comparar com aquela foto inicial.
O uso mais comum dessa tecnologia é no momento de onboarding de um cliente em uma empresa, para verificar que a pessoa que está se registrando é realmente quem ela diz ser. Em processos seletivos durante processos de recrutamento e seleção, por exemplo, o FaceMatch é essencial para garantir a identidade dos candidatos às vagas.
Como funciona?
Como já dito, o FaceMatch consegue guardar e comparar características do rosto de um indivíduo: a inteligência artificial detecta diversos pontos que conseguem distinguir uma pessoa da outra, como a espessura dos lábios, a distância entre os olhos e a largura do nariz.
Em poucos segundos, a tecnologia consegue analisar a imagem capturada em pontos e pixels e comparar com fotos já presentes no sistema para, então, reconhecer (ou não) a identidade de alguém.
O mecanismo é bastante funcional, mas pode ter falhas. Condições de iluminação podem atrapalhar a captura da foto por meio do usuário, o que dificulta o seu reconhecimento.
Ao mesmo tempo, é possível que as fotos da pessoa no documento já estejam antigas, levando o FaceMatch a não reconhecer a pessoa.
Como a inteligência artificial se baseia apenas em uma foto, até mesmo o ângulo em que ela foi tirada pode enviesar o reconhecimento; é possível que a autenticação de uma mesma pessoa falhe e que o sistema reconheça pessoas parecidas ou gêmeas, por exemplo.
É por isso que muitos negócios costumam investir em mais de um tipo de validação para blindar esse processo de erros. A biometria e a autenticação facial são algumas das mais conhecidas.
Conheça outros tipos de validação
Biometria
A biometria facial funciona de forma bastante parecida com o FaceMatch, mas é mais completa, por considerar um comparativo entre foto do documento, selfie enviada e imagens de banco de faces autênticas (públicas ou privadas).
A imagem enviada pelo usuário para comparação é escaneada e analisada de forma tridimensional, o que traz uma maior complexidade para o processo de validação de identidade.
A biometria permite criar um modelo biométrico exclusivo para cada pessoa, o que permite que ela possa ser reconhecida em diferentes contextos.
Confira os usos mais comuns:
- Marcação de ponto
- Autorização de transações
- Controle de acesso a condomínios
- Registro de presença em aulas online
Autenticação facial
No caso da autenticação facial, a comparação é feita entre uma imagem tirada pelo próprio usuário previamente e outra retirada no momento da autenticação.
Normalmente, essa tecnologia é utilizada para desbloqueio de funções dentro de aplicativos, após a verificação da identidade do usuário no registro.
Como ela não considera imagens de banco de dados ou documentos, ela não é a melhor opção para a verificação de identidade no momento do cadastro de um cliente ou candidato, apenas para seu acesso posterior.
Saiba os usos mais comuns:
- Desbloqueio de dispositivos pessoais
- Acesso a aplicativos
Prova de vida
A ideia da prova de vida é verificar a identidade do indivíduo real, evitando que possam ser apresentados vídeos ou fotos capturados posteriormente.
A prova de vida ativa exige que o usuário faça alguns movimentos na câmera do celular, como olhar para a direita, para a esquerda, ou sorrir.
Essa movimentação aumenta a acuracidade da análise de identidade, mas pode causar fricção na experiência do usuário.
Também existe a prova de vida passiva, que não exige a movimentação da pessoa. Nesse caso, o usuário precisa se posicionar em frente a câmera por alguns segundos.
Os usos mais comuns:
- Autorização de transações financeiras
- Acesso a serviços sociais do INSS
Qual tecnologia é melhor para o meu negócio?
Conforme colocado, cada tecnologia tem um nível maior ou menor de exigências no momento da validação, sendo possível utilizar diferentes métodos em diferentes momentos da jornada do usuário.
A indicação de especialistas em segurança digital é que sejam adotados pelo menos dois tipos de validação para haver uma barreira extra de proteção.
Para além da segurança, o uso do FaceMatch e de outros tipos de validação de identidade traz vários benefícios para a empresa.
O uso da inteligência artificial confere um ganho de produtividade no processo, evitando análises manuais. Além disso, a digitalização permite uma redução nos erros frente a formulários impressos.
A Fábrica de Provas conta com diversos recursos como esses, buscando garantir mais segurança nas avaliações e processos da sua instituição. A plataforma é uma excelente escolha para quem busca uma solução completa e eficaz! Entre em contato com nossos especialistas e solicite um orçamento sem compromisso.
Foto do post: Reprodução/Freepik
Authors
-
Jornalista, escritora e pós-graduanda em Jornalismo de Dados, Automação e Data Storytelling. Escreve principalmente sobre Economia e é apaixonada por ouvir e contar histórias. Tem passagens por veículos como Estadão, O Povo e Diário do Nordeste.
-
Jornalista formada pela UFMG, se interessa por temas como educação, ciência, tecnologia, e sociedade. Participou de reportagens premiadas pelo Sebrae em 2023, pela CDL/BH em 2021 e 2022, e pela Rede de Rádios Universitárias do Brasil em 2020.